terça-feira, 31 de maio de 2011

Pais protestam para manter instituto como escola especial

A Associação de Pais, Alunos e Reabilitados do Instituto Benjamin Constant --escola para cegos-- pretende fazer uma manifestação hoje no Rio de Janeiro para reivindicar, além de mais participação nas políticas públicas de inclusão, a permanência do instituto como escola especial.


O Instituto Benjamin Constant e o Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos), no Rio de Janeiro foram ameaçados recentemente pelo MEC de terem suas portas fechadas sob o argumento de que são contraditórios à política da dupla matrícula. Ambos reafirmam sua posição como escolas de educação básica especiais.


Quando perguntadas sobre a possibilidade de funcionarem também como escolas de contraturno, ambas as diretorias disseram não ter esse preparo.


"Essa não é a nossa vocação. Se eventualmente precisarmos ampliar nosso trabalho no esquema de atendimento especializado, teremos que ter mais recursos, mais profissionais e mais verbas, pois não podemos comprometer, de forma alguma, a educação de ensino básico que é hoje oferecida aos nossos alunos", diz Solange Rocha, diretora do Ines, que oferece ensino infantil, fundamental e médio.


"Em nenhum momento fomos convocados para discutir a inclusão", diz Darcy Siqueira, presidente da associação.


Para ela, não há outra razão para a intenção de fechar as portas das escolas especiais senão o corte de verbas. "Só pode ser questão de dinheiro. Até hoje nem 3% dos R$ 211 milhões previstos este ano para o Instituto Benjamin Constant entraram no nosso caixa", disse ela.

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