segunda-feira, 2 de agosto de 2010

As falhas do Ensino "educação escolar Inclusiva"

O mundo gira e, nestas voltas, vai mudando, e nestas mutaçoes, ora drásticas ora nem tanto, vamos também nos envolvendo e convivendo com o novo, mesmo que não nos apercebamos disto. Ocorre que, saibamos ou não estamos sempre agindo, pensando, propondo, refazendo, aprimorando, ratificando, excluindo, ampliando segundo muitos paradigmas criados.
Conforme pensavam os gregos, os paradigmas podem ser definidos como modelos, exemplos abstractos que se materializam de modo imperfeito do mundo concreto.
Uma crise destes paradigmas abala as concepções de visão de mundo e quando as mudanças são mais radicais, temos as chamadas revoluções.
Diante dessas novidades, a Escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando e marginalizando as diferenças nos processos pelos quais FORMA e INSTRUI os alunos.
A exclusão escolar manifesta-se das mais diversas formas e perversas maneiras, e quase sempre o que está em jogo é a ignorância do aluno diante dos padrões de cientificidade do saber escolar.

O ensino curricular de nossas escolas, organizado em disciplinas, ISOLA, SEPARA os conhecimentos, em vez de reconhecer suas inter-relações.
Os sistemas escolares também estão montados a partir de um pensamento que recorta a realidade, que permite dividir os alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino regular e especial, os professores em especialistas nesta e naquela manifestação das diferenças. Á lógica dessa organização é marcada por uma determinista, mecanista, formacista, reducionista, própria do pensamento científico moderno, que ignora o subjuntivo, o afetivo, sem os quais conseguimos romper com o velho modelo escolar para produzir a reviravolta que a inclusão impõe.

Essa reviravolta exige, em nível institucional, a extinção das categorizações e das oposições excludentes - iguais X diferentes, normais X deficientes - e, em nível pessoal, que busquemos articulação, flexibilidade, interdependencia entre as partes que se conflitavam nos nossos pensamentos, ações e sentimentos. Essas atitudes diferem muito das que são típicas das escolas tradicionais em que ainda atuamos e/ou em que fomos para ensinar.    

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