sexta-feira, 29 de julho de 2011

Rio: peça protagonizada por surdos é lançada em DVD nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, o bairro boêmio da cidade do Rio, a Lapa, será palco do lançamento do DVD "O Itinerário de um Ponto - Palavras Visíveis", trabalho dedicado a capacitação de atores surdos com a linguagem da Máscara Teatral em todo o Brasil. Evento está previsto para acontecer na sede do Grupo Moitará, na Lapa, às 19h30.

O DVD traz imagens que documentam o desenvolvimento, ao longo de dois anos e meio, do processo de trabalho envolvendo a formação de 12 atores surdos, com o objetivo de torná-los multiplicadores.

Há 23 anos, o Grupo Teatral Moitará pesquisa a Dramaturgia do Ator através da linguagem da Máscara Teatral e agora transmite essa metodologia, fornecendo ferramentas técnicas para que os atores surdos se tornem multiplicadores deste conhecimento junto a sua comunidade. Este documentário revela os princípios que nortearam o processo de trabalho.

Notícias»TI App para surdo rende prêmio para brasileiros

Equipe comemora prêmio: app para Windows Phone visa permitir uma comunicação fluente e em tempo real, entre surdos e não surdos
São Paulo - Estudantes de ciência da computação da Universidade Federal de Pernambuco desenvolveram um aplicativo cujo objetivo é permitir que deficientes auditivos se comuniquem por celular.

O software concorreu ao prêmio no Desafio de Interoperabilidade na competição Imagine Cup, organizada pela Microsoft. A final ocorreu em Nova York, em julho. O sucesso foi tanto que a equipe, apelidada de Bell´s Team, conseguiu o segundo lugar no evento.

Os estudantes Lucas Mello, Amirton Chagas, João Paulo Oliveira, Daniel Ferreira e Flávio Almeida participam da Imagine Cup desde 2008. Na primeira participação do grupo, eles não conseguiram se classificar. Em 2009, participaram com outro projeto e foram campeões mundiais. Em 2010, Flávio Almeida ainda participou como estudante, mas em 2011, já entrou como mentor da turma.

O desafio bem-sucedido de 2011 consiste no projeto ProDeaf. A equipe desenvolveu um aplicativo para Windows Phone, o qual visa permitir uma comunicação fluente e em tempo real, entre surdos e não surdos. O sistema funciona por meio da conversão de sons da fala em linguagem de sinais e vice-versa. Além disso, também permite que alguém com deficiência auditiva use o telefone para fazer ligações com qualquer outra pessoa.

Flávio Almeida explica: “o que você fala, o software interpreta e traduz para linguagem de sinais. Quando o deficiente se expressa em linguagem de sinais, o software emite sons”. O objetivo é amenizar a dificuldade de comunicação sofrida por deficientes auditivos com o mundo externo. Entre as consequências danosas sofridas por eles estão a educação com qualidade ruim e o pouco envolvimento social.

Amirton Chagas, outro integrante do grupo, disse que eles sempre tentam imaginar um projeto novo a fim de participar da competição a cada ano. “Esse ano, a gente teve ajuda do nosso colega Marcelo, que estuda na universidade, é surdo, e nos mostrou esse problema pelo qual eles passam. A partir disso, veio a ideia de fazer alguma aplicação que pudesse ajudar no dia a dia dele”, diz Amirton.

Porém, os problemas enfrentados até encontrar alguma solução cabível foram grandes. Segundo Flávio, “o principal desafio foi o software em si”. Isso porque o aplicativo demandou esforço devido a regionalização da linguagem de sinais. Flávio explica que libras, a linguagem brasileira de sinais, não é padrão em qualquer lugar do país. Isso dificulta bastante o desenvolvimento e a escrita do sistema. “Por isso, tivemos que reduzir o conjunto de informações e desenvolver um protótipo”.

A plataforma do software é outro problema enfrentado por eles. “Estamos trabalhando com Windows Phone 7, sistema da Microsoft. Só que ele ainda não está disponível no Brasil e a tecnologia é muito recente”, diz Amirton. O sistema foi lançado no mundo há pouco mais de um ano. Segundo a assessoria de imprensa da Microsoft, o Windows Phone 7 e o Mango devem ser lançados no Brasil só no final do ano. Amirton também diz: “a gente teve um desafio técnico de encontrar recurso e material, e também de conseguir dispositivos para poder testar a aplicação”.

Após a competição, a equipe já consegue elaborar uma lista com os novos aprendizados. Flávio destaca o contato com deficientes auditivos como uma das grandes lições aprendidas. Amirton também fala sobre a habilidade de trabalhar em conjunto. “Tem toda a troca de experiência, que também é muito importante tanto para o estudante como para o empresário”. Além disso, Amirton diz que a questão do trabalho em equipe é bem aperfeiçoada. “A Imagine Cup incentiva a pensar fora da caixa. Coisa muito boa para o futuro”, diz ele.

Além do ProDeaf e de outros projetos desenvolvidos durante as competições, os colegas de classe conseguiram abrir a própria empresa, chamada Proativa Soluções em Tecnologia, com os frutos colhidos durante as quatro competições. “A empresa nasceu devido ao incentivo da Microsoft com essa competição”, diz Flávio Almeida. O grande ponto positivo está no fato de a própria empresa criada servir de apoio para eles durante as competições, além da oportunidade de um novo negócio.

Este ano, a Imagine Cup, conhecida como a Copa do Mundo da Computação e Iniciativa de Cidadania Corporativa da Microsoft, contou com 350 mil inscritos de 70 países e classificou mais de 400 estudantes para a final mundial. O Brasil, o 2º país em número de participantes, contou com 42 mil participantes e classificou sete equipes.

Agora, o desafio da Bell´s Team consiste em fazer com que o software possa ser comercializado. Logo que voltaram da competição, duas empresas entraram em contato com o grupo por interesse no ProDeaf. Segundo Amirton, o desafio atual é “tentar ampliar o projeto. A gente vê que ele tem uma relevância muito grande socialmente falando. Precisamos de investimento para fazer o projeto virar uma realidade”.


Parlamento Jovem encerra sua 2º edição


Canoas - Dia 1º de agosto, às 14h, tem o encerramento da 2ª edição do Parlamento Jovem na Escola Marechal Rondon. Na ocasião, os 30 jovens concluem a candidatura e o Presidente, Lucas Bell presidirá a última sessão. Na ocasião, será publicado o balanço das prestações de contas dos projetos desempenhados neste um ano.


Na terça-feira, 2, às 9h tem a formação da 3ª edição do Parlamento Jovem na Câmara de Vereadores. No encontro, o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Relações Institucionais, Anderson Fraga vai palestrar o tema Poder Legislativo: Como funciona a Câmara Municipal.


No início da tarde, os jovens serão recepcionados pelo Presidente da Assembleia Legislativa, o Deputado Adão Villaverde e depois vão até a Escola do Legislativo para uma palestra com Regina Barnasque. Às 18h30, o encerramento será assistir a sessão na Câmara Vereadores.

Eles serão empossados dia 19 agosto, às 14h, na Câmara de Vereadores e, durante um ano, vão atuar no legislativo municipal.

O Parlamento Jovem
O Parlamento Jovem foi instituído pela Prefeitura de Canoas em 2009, e é uma excelente oportunidade para inserir os jovens na vida política através de eleições da própria comunidade escolar.

Nessa edição, parlamento contará com dois jovens especiais. “É a primeira vez que temos representantes surdos”, salientou o Coordenador da Juventude, Diogo Bitencourt.

Citou também que o problema de surdez não será problema, pois a coordenadoria fará um curso de libras para poderem se comunicar. Reforçou ainda, que o parlamento é uma oportunidade que os jovens têm para defenderem ações e lutar pela inclusão deles na sociedade, “eles são bem articulados e com certeza farão um bom trabalho”, descreveu o coordenador.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ensino da Linguagem Brasileira de Sinais pode se tornar obrigatório nas escolas

Os deficientes auditivos podem ter o aprendizado facilitado nas escolas. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 14/07, que deve entrar na pauta do Plenário na próxima terça-feira (2), torna a Língua Brasileira de Sinais (Libras) obrigatória para todos os estudantes surdos, como língua de comunicação, em todos os níveis e modalidades da educação básica, nas instituições públicas e privadas de ensino.

O projeto, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), insere a obrigatoriedade na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e prevê que as condições de oferta do ensino da Libras serão definidas em regulamento, que deve dispor sobre a necessidade de professores bilíngues, intérpretes, tecnologias para as aulas e acesso dos alunos ouvintes ao aprendizado da linguagem de sinais.

Na justificativa do projeto, o senador Cristovam Buarque argumenta que o ensino da Libras pode marcar “o início da integração dos portadores de deficiência auditiva nas escolas e na sociedade”. Se o projeto for aprovado, os sistemas de ensino terão o prazo de três anos para cumprir as exigências.

Tércio Ribas Torres / Agência Senado